A droga mais nociva do mundo é o álcool
Segundo uma nova escala de danos causados a uma pessoa e a sociedade em geral, uma das drogas mais nocivas do mundo é o álcool.
A escala foi concebida por um grupo de cientistas, especialistas no assunto. As taxas de perigo causado por uma droga levam em conta os prejuízos combinados para o usuário e para os outros, ou seja, a sociedade como um todo.
Em um esforço para oferecer um guia para os políticos nas questões de saúde, policiamento e assistência social, a equipe avaliou as drogas usando uma técnica chamada análise multicritério de decisão, que mediu os danos de acordo com nove critérios sobre os malefícios para o usuário e sete critérios sobre os malefícios para os outros.
Os danos para o usuário incluem coisas como a morte por uma droga específica ou relacionada com uma droga específica, danos para a saúde causados pela dependência da droga, e perda de relacionamentos, enquanto os danos para os outros incluem coisas como criminalidade, danos ambientais, conflitos familiares, danos internacionais, custos econômicos e danos à coesão da sociedade.
As drogas foram avaliadas de 0 a 100, sendo que a droga que pontuasse 100 seria a mais nociva e 0 indicaria nenhum dano.
O álcool foi considerado a droga mais prejudicial, com uma pontuação de 72, seguido da heroína (55) e do crack (54). O álcool também é quase três vezes mais prejudicial do que a cocaína (27) e o tabaco (26). O ecstasy é apenas o oitavo mais prejudicial em comparação ao álcool (9).
Entre algumas das outras drogas avaliadas estão metanfetamina (33), anfetaminas (23), maconha (20), benzodiazepínicos, como Valium (15), ketamina (15), metadona (14), esteróides anabólicos (9), LSD (7) e cogumelos (5).
Os pesquisadores notaram que os sistemas atuais de classificação de drogas têm pouca relação com o dano que elas causam. O álcool e o tabaco, por exemplo, são geralmente legais para adultos em muitos países, enquanto drogas como ecstasy, maconha e LSD são muitas vezes ilegais e levam a prisão.
Porém, as duas drogas legais avaliadas – álcool e tabaco – pontuaram bem mais alto na escala de perigo, indicando que, pelo menos, causam tanto dano como as substâncias ilegais.
A Organização Mundial da Saúde estima que os riscos associados ao álcool causam 2,5 milhões de mortes por ano, que variam de doenças hepáticas e cardíacas, acidentes de trânsito, suicídios e câncer, representando 3,8% de todas as mortes. No mundo, o álcool é o terceiro fator de risco principal para a morte prematura e invalidez.
Segundo os especialistas, os resultados mostram que evitar o consumo excessivo de álcool é uma estratégia válida e necessária à saúde pública
Nenhum comentário:
Postar um comentário