quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Anfetamina


Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. Entretanto, à medida que o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos. A perda de apetite gerada pelo seu uso constante pode transformar-se em anorexia, um estado no qual a pessoa passa a sentir dificuldade para comer e até mesmo para engolir alimentos pastosos, resultando em sérias perdas de peso, desnutrição e até morte. Durante muito tempo, a anfetamina foi também utilizada para tratar depressão, epilepsia, mal de Parkinson e narcolepsia. Atualmente, apenas a narcolepsia permanece utilizando essa droga em seu tratamento.

As anfetaminas agem estimulando o sistema nervoso central através de uma intensificação da noradrenalina, um neuro-hormônio que ativa partes do sistema nervoso simpático. Efeitos semelhantes aos produzidos pela adrenalina no cérebro são causados pelas anfetaminas, levando o coração e os sistemas orgânicos a funcionarem em alta velocidade. Resultado: o batimento cardíaco é acelerado e a pressão sanguínea sobe bastante. Ao agir sobre os centros de controle do hipotálamo, ao mesmo tempo em que reduz a atividade gastrintestinal, a droga inibe o apetite e seu efeito pode durar de quatro a 14 horas, dependendo da dosagem.

Overdoses fatais, todavia, são raras, e a dosagem letal ainda é desconhecida, sendo que os usuários mais habituais podem consumir até 1000 miligramas por dia. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.

São usuários comuns de anfetamina no mundo todo: caminhoneiros (por provocar insônia), estudantes (por aumentar o poder de concentração), freqüentadores de raves (por dar mais energia ao organismo), jovens adolescentes obsessivos por sua forma física (por provocar perda de apetite e consequentemente de peso) e de profissionais que trabalham com algo que exija criatividade (por estimular as idéias).

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