A cetamina é uma droga
anestésica desenvolvida em 1965 pelos laboratórios norte-americanos Parke &
Davis, tendo como objetivo principal sua utilização em
anestesias humanas e veterinárias. Entretanto, seu uso tornou-se constante
entre os jovens, sendo consumida em festas como um potente alucinógeno. Já
quanto a pesquisas laboratoriais, essa droga tem sido utilizada como modelo
para induzir esquizofrenia em animais. Com o objetivo de realizar-se um estudo
de revisão da cetamina como anestésico e potencial modelo de esquizofrenia, foi
feita uma pesquisa bibliográfica na internet, utilizando programas de pesquisa
científica (Pubmed, Medline e Lilacs), além de pesquisa em trabalhos
relacionados ao assunto. A administração da cetamina no homem promove o
bloqueio dos receptores glutamatérgicos ionotrópicos do tipo
N-metil-D-aspartato (NMDA) e antagoniza os receptores de acetilcolina
nicotínicos e muscarínicos, bem como os receptores monoaminérgicos e opióides.
O bloqueio dos receptores glutamatérgicos promoverá um quadro sintomático
semelhante ao de um paciente esquizofrênico. Além disso, a administração da
cetamina durante a sinaptogênese pode lesar neurônios corticais, límbicos,
talâmicos e estriatais, promovendo uma disfunção na neurotransmissão
glutamatérgica e propiciando a manifestação de sintomas psicóticos na vida
adulta. Entre esses sintomas, podemos citar o surgimento da esquizofrenia.
Somando-se a isso, a droga proporciona uma série de efeitos sistêmicos, desde
uma simples anestesia, passando pela sedação, depressão respiratória e até a
morte.
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